Vice revela estudo para governo substituir o BRT por novo modal

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Chico Ferreira

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) admitiu que o governo Mauro Mendes (União) estuda a possibilidade de substituir o Ônibus de Rápido Transporte (BRT) pelo modal novo Bonde Urbano Digital (BDU), um veículo de tecnologia chinesa que se utiliza de trilhos magnéticos, combinando características de um BRT e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Pivetta afirmou que sua visita ao Estado do Paraná, para conhecer o modal, inédito na América do Sul, e que passará a ser usado na região metropolitana de Curitiba, foi por determinação do governador Mauro Mendes (União).

“Nós fizemos uma visita muito importante, que abriu novos horizontes e o governador vai anunciar em breve o que será ser feito. O governador vai anunciar quando for conveniente, quando tiver decidido e é isso que posso falar por hora”, disse Pivetta na quarta-feira (15).

A declaração do vice-governador revela que o governo estuda trocar o BRT pelo novo modal, que é considerado um dos mais modernos do mundo. Pivetta participou da reunião com o governador do Paraná Ratinho Júnior (PSD), juntamente com os secretários Rogério Gallo (Sefaz) e Marcelo Oliveira (Sinfra). O BUD funciona usa uma espécie de trilhos magnéticos para se locomover, o que tem sido chamado de ‘trilho virtual’.

Cada Bonde Urbano Digital possui 30 metros de comprimento e terá capacidade para até 280 passageiros. Com arcondicionado e operação bidirecional, a velocidade de deslocamento chega até 70 km/h. Construído pela empresa chinesa CRRC Nanjing Puzhen, o sistema de transporte é utilizado em várias cidades da China e está em processo de instalação em países como a Austrália, México e Paraná. A busca pelo novo modal pode ser uma resposta do governador para interromper as críticas das obras do BRT, tanto que são consideradas o ‘calcanhar de aquiles’ da administração de Mendes.

O BRT foi anunciado em dezembro de 2020 como substituto do VLT, que foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 e nunca concluído, mesmo tendo consumido mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos do Estado. Na ocasião, o governador anunciava que as obras do modal seriam lançadas em maio de 2021. Porém, só iniciaram em janeiro de 2024 e, atualmente, encontra-se com cerca de 20% concluída.

De acordo com o governo, a obra do BRT prevê a construção de 46 estações, um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Conforme o Portal do governo do Paraná, ‘o modelo paranaense de transporte coletivo despertou interesse nacional e internacional. Estados e capitais como Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Cuiabá (MT) já procuraram o Governo do Paraná para conhecer detalhes do sistema’.